O que é SELIC e como ela impacta em nosso dinheiro?

O que é SELIC e como ela impacta em nosso dinheiro?

“SELIC” talvez seja a palavra mais repetida quando se iniciam discussões sobre finanças, economia ou investimentos. Tudo parece, em algum ponto, estar relacionado com ela. Na verdade, é isso mesmo que acontece.

Na última quarta-feira (22), a taxa SELIC ganhou novamente os holofotes nacionais ao ser discutida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que a manteve em 13,75% ao ano.

Por conta da sua importância para os investimentos e para a economia de forma geral, apontamos aqui o que de fato a SELIC influencia em nosso dinheiro.

A taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) representa os juros básicos da economia brasileira e sua movimentação impacta todas as taxas de juros pagos em um empréstimo ou financiamento. Por conta disso, ela de certa forma dita o crescimento econômico brasileiro, tendo influência real sobre a vida de toda a população. Por meio do ajuste na taxa SELIC, o Banco Central controla o volume de dinheiro em circulação na economia brasileira, que por sua vez refere-se ao poder de compra das famílias.

O nível de consumo da população sofre impacto com a baixa ou alta da taxa. Por isso, entender o que é SELIC é importante mesmo que você não seja um investidor.

Mas qual o impacto da SELIC no consumo?

Crédito e consumo caminham lado a lado. Quando a taxa SELIC aumenta, o acesso ao dinheiro pela população, tanto por linhas de crédito, empréstimos e financiamentos, fica reduzido. Por isso, a tendência é de que uma elevação da SELIC cause uma redução das compras em sua loja, por exemplo. Ao contrário, quando a SELIC está em baixa, o estímulo ao consumo é maior e a economia tende a ficar mais aquecida. Ou seja, as pessoas consomem mais.

E qual o impacto da SELIC nos investimentos?

De modo geral, um aumento na SELIC beneficia os investimentos de renda fixa, que oferecem uma remuneração baseada em juros: títulos públicos, CDBs, letras de crédito, entre outras opções. Todos esses tipos de investimento tendem a ter uma rentabilidade maior em tempos de SELIC em alta. Da mesma forma, quando a taxa é reduzida, o mesmo acontece com seu retorno.

O Copom se reúne a cada 45 dias para decidir que SELIC “meta” vai vigorar no próximo mês e meio. As reuniões seguem um calendário definido no ano anterior e, geralmente, duram dois dias. Segundo o Banco Central, em cada um desses encontros os participantes assistem a apresentações técnicas, discutem sobre as perspectivas para a economia brasileira e também global, avaliam as condições de liquidez e ainda, o comportamento dos mercados.

A SELIC serve, então, como uma referência para a economia brasileira – uma ferramenta para controlar a inflação do país que pode ser entendida como um indicador da nossa situação econômica.

 

 

FONTES DE PESQUISA: Infomoney, CNN, Banco Central do Brasil.