Câmara Técnica ACIANF de Meio Ambiente e Lixo Zero se reúne para tratar de assuntos relevantes
Integrantes da Câmara Técnica ACIANF de Meio Ambiente e Lixo Zero se reúnem na manhã desta quarta-feira, 26, no auditório na sede da entidade para tratar sobre as possibilidades do ICMS Verde de Nova Friburgo, conforme o Seminário do INEA e construir uma pesquisa sobre as demandas da questão dos resíduos sólidos junto ao setor Têxtil. Além da participação presencial, alguns integrantes puderam acompanhar através de vídeochamada.
A Câmara ACIANF de Meio Ambiente foi criada com o objetivo de, através da associação, colaborar com as autoridades nas melhorias no meio ambiente como um todo. Friburgo é uma cidade verde, e respeitando o meio ambiente, só temos a ganhar. Quanto mais pessoas participarem e contribuírem com esse assunto, todos têm a ganhar Seja como pessoa física, como poder público, e como poder econômico da cidade.
Andrea Duque Estrada, secretária de meio ambiente, agradeceu o convite da ACIANF e apontou diversos pontos positivos para Nova Friburgo: “Estamos felizes com esse convite da ACIANF, pois entendemos que essa parceria, essa voz da população que vem através da Associação, traz benefícios para o poder público. Na atual gestão, temos o objetivo de conversar, de apurar nossa escuta, pois assim podemos melhorar nossas ações dentro e todas as secretarias. O tema tratado, Resíduos Sólidos, é um anseio grande de toda a população. Podemos então, discutir um plano, que é dirigido pela Secretaria de Serviços Recebidos. Estar hoje aqui é um presente, agradeço à ACIANF de podermos estar aqui desfrutando de um debate, com tantas pessoas experientes no assunto. Isso trará crescimento, tanto para nós, gestores, e principalmente para todo o município de Nova Friburgo.”
Rodrigo de Lima Carvalho, subsecretário da Secretaria de Serviços Concedidos falou sobre o objetivo da reunião: “A reunião de hoje vai tratar de resíduos sólidos, do meio ambiente, obviamente também sobre coleta seletiva, tudo aquilo que tem essa ligação, uma vinculação ao tema. Como o contrato com a EBMA está perto de vencer, o município já adotou as providências para que possamos, em breve, fazer uma nova concessão, uma nova licitação, que é o meio correto, jurídico, a transição para conceder novamente o serviço. Então, a EBMA hoje presta o serviço. Há também uma legislação federal que é um marco regulatório de saneamento básico, que nós vamos atualizar. Vamos prover o município com planejamento, gestão integrada de resíduos sólidos, que é o PGIRS, Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. O município vai adotar de toda a ferramenta para que possamos melhorar o serviço que hoje é prestado. É muito interessante o poder público, junto a essas autoridades, participarem disso, e todos aqueles que se interessam, querem contribuir, para que possamos agregar ao estudo já resolvido pela FIPE no momento em franca execução. É muito importante essa vinculação, essa interação, isso é democracia, isso é muito muito bem-vindo. Por um pedido do próprio prefeito, inclusive, que a gente viesse com esse intuito de verificar, de coletar as informações que fossem possíveis para levar para o estudo da FIPE.”
Roosevelt Concy, diretor executivo da ACIANF, falou sobre a importância do debate, bem como o papel da Associação no processo: “Estamos hoje discutindo um tema que é mundial e que trazemos para um plano local. O debate sobre o meio ambiente percorre fronteiras, não tem país, não tem cidade, não tem línguas e é algo que além de ser preocupante naturalmente, devemos trazer ele para um plano da discussão. O debate que a ACIANF está realizando é uma prerrogativa estatutária. Nós temos a possibilidade, em nosso estatuto, de criar câmaras técnicas e nós criamos aqui três câmaras técnicas e dentre elas, hoje, o que nos traz aqui é o debate sobre a Câmara do Meio Ambiente. Convidamos o poder público e alguns personagens ligados ao meio ambiente, que fazem esse ativismo em Nova Friburgo ou que não fazem ativismo, mas precisam fazer. Estamos buscando reunir os atores, os protagonistas e os coadjuvantes do processo da discussão. Somos uma entidade com mais de mil e quinhentos associados e temos, não somente por obrigação, mas hoje o protagonismo que a ACIANF tem na cidade, ela tem que se colocar, ela tem que se projetar e ela tem que atrair. Esse é o nosso papel. Independente se é da indústria, se é da agricultura, se é comércio, que são os nossos eixos de atuação, temos que debater exaustivamente, porque Friburgo só vai crescer na medida que a gente possa debater. O objetivo é que saiamos daqui hoje com uma pauta para que possamos caminhar mais e melhor.”
Fernando Cavalcante, coordenador da Câmara Técnica de Meio Ambiente da ACIANF, explicou qual o papel da Associação sobre o tema: "A câmara de meio ambiente da ACIANF foi criada no final do ano passado e tem como objetivo ajudar a cidade a evoluir nessa temática ambiental, que hoje é mais do que uma urgência, é uma emergência planetária. Estamos nos inserindo nos objetivos da ONU nas ODS, que são dezessete objetivos de desenvolvimento sustentável e que a ACIANF, humildemente, dentro das nossas limitações, vamos procurar ajudar a Prefeitura Municipal e a sociedade de Friburgo a avançar nessas temáticas da crise planetária. A primeira temática que nós estamos abordando é a questão dos resíduos sólidos em Nova Friburgo. Nova Friburgo é uma cidade de montanha, então temos uma questão aqui, muito interessante, que é a lei da gravidade, onde todo lixo vai sendo puxado para os vales, para dentro dos rios e isso numa época de chuva causa assoreamentos que a gente conhece com as enchentes e toda essa problemática. Então a ACIANF está preocupada com isso. Está buscando a parceria com a Prefeitura para ajudar no sentido de resolver esses problemas. Não temos muito mais o que discutir, nesse momento a gente tem que ter ações concretas. Essa câmara acontece na prática a partir de estudos que a gente faz aqui dentro da ACIANF sobre as necessidades da cidade. Dentro desses estudos, por exemplo, a gente percebeu que o contrato da EBMA está findando. Portanto, está havendo toda uma movimentação no sentido de abrir licitação para contratar uma nova empresa, mesmo que seja a EBMA novamente. Mas aí tem um problema: nós só podemos fazer isso se a gente tiver um plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. O que não tem, mas que a gente sabe também, pela própria legislação,que hoje se faz um plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, sem a sociedade civil. E parte da sociedade civil organizada quer participar disso."
Participaram da reunião: membros da diretoria da ACIANF: Júlio César Celles Cordeiro, presidente do Conselho Diretor, Flávio Stern, Vice Presidente de Cultura, Turismo e Serviços, Roosevelt Concy, Diretor Executivo, Fernando Cavalcante, Conselheiro e Coordenador da Câmara Técnica, além de integrantes do poder público municipal, Andréa Duque Estrada, secretária de Meio Ambiente, Rodrigo Lima, Subsecretário de serviços concedidos e também personalidades ligadas a projetos voltados à temática como Jorge de Carvalho, Professor Cláudio Fernandes da UFF, Girlan Guilland jornalista, Gilberto Rabelo, Guilherme Campos da Organokits, José Carlos Pires do Laboratório De Vita, Paulo Souza do Observatório Social, Irene Drischel, Miriam Bustamante, Avanir Ramos da Pontal Soluções Ambientais, Leonardo Brito, da LS Advocacia, Roberto Vianna, Rafael Carriello, Marcelo Vidal, Adriana Ventura, diretora do Jornal A Voz da Serra, Camila Porto, Engª. agrônoma da ACIANF, Gabriel Violento, Engº. Agrônomo da ACIANF, Ana Cristina Moreira, Eduardo de Vries, e Alex Santos da Ecomodas.
